A Palas Athena em parceria com o Sesc, o Consulado Geral da República África do Sul no Brasil e com o apoio institucional da UNESCO apresenta no dia 7 de julho, às 19h, no Sesc Vila Mariana a 1ª Semana Nelson Mandela.
Celebraremos a vida e o legado do líder pacifista sul-africano em uma noite de palestras e expressões artísticas, relembrando e refletindo sobre a capacidade de perdão e reconciliação – matriz das estratégias políticas de Mandela – que unificou um povo em torno de um propósito de construção de futuro e não de vingança ou retaliação.
A segregação social vivida pelos sul-africanos por mais de 40 anos chegou ao seu fim com uma das arquiteturas de educação cidadã mais inusitadas e eficientes do século 20. A inteligência estratégica e a propositividade de suas ações políticas e a beleza de seus gestos poéticos foram de tamanha força e universalidade que inspiraram não somente a sociedade sul-africana do final do século passado, mas ainda convidam os povos do mundo a trabalharem juntos pelo fim dos preconceitos, das injustiças e das situações de dominação e exploração, em suas diversas expressões.
Neste encontro contaremos com a presença do grupo Gumboot Brasil, da Consul Mmaikeletsi Melanie Dube, do Prof. Kabengele Munanga, da Profa. Vera Lúcia Benedito e do grupo Treme Terra.
A 1ª Semana Nelson Mandela tem entrada gratuita e os ingressos poderão ser retirados nas bilheterias das unidades Sesc no dia do evento, a partir das 14h.
Sobre os convidados
Gumboot Dance Brasil – Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma forma de dança popular que foi criada pelos trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Yebo é o segundo espetáculo do Grupo Gumboot Dance Brasil. Ele aborda a exploração, tanto das minas como dos sete povos levados para extração do minério, a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha, a espera das mulheres por seus maridos mineiros durante a temporada de exploração das minas.
Mmaikeletsi Melanie Dube é Cônsul-Geral da República da África do Sul no Brasil. É graduada em Ciências Sociais na University of the North e licenciada em Gestão de Relações Públicas pela Tshwane University of Technology. Atuou em diversos cargos públicos, como o Departamento de Esportes e de Relações Exteriores, onde exerceu em 2006 o cargo de Diretora de Marketing. Compôs o time de logística da Copa do Mundo da FIFA de 2010 e da COP17. Dirigiu ainda outros Departamentos de Estados como o de Filial de Protocolo e o Departamento para o Canadá e Organizações Regionais.
Kabengele Munanga é natural da atual República Democrática do Congo e brasileiro por naturalização. Doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e Professor Titular no Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. É autor de mais uma centena publicações sobre temas relacionados com a Antropologia da África e da População Negra no Brasil. Dirigiu grupos de pesquisa e museus, dentre os quais o Museu de Arqueologia e Etnologia e o Museu de Arte Contemporânea, ambos da Universidade de São Paulo. Premiado com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República do Brasil e o Grau de Oficial da Ordem do Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores.
Vera Lúcia Benedito é mestre e doutora em Sociologia e Estudos Urbanos pela Universidade Estadual de Michigan /EUA. Atualmente é professora associada à Universidade Paulista (UNIP) e professora do Ensino Fundamental II e Médio na EMEF Anália Franco Bastos na cidade de São Paulo. É também pesquisadora na área de relações étnico-raciais, movimentos sociais e estudos da Diáspora Africana em projetos independentes.
Treme Terra – O espetáculo Terreiro Urbano está baseado na representação simbólica de um xirê (cerimônia tradicional de saudação e exaltação a todos os orixás, sequência de danças do candomblé, que começa com Exu e finaliza com Oxalá). É uma releitura contemporânea, um caleidoscópio da cultura afro-brasileira a partir da mitologia dos orixás, seus cantos e movimentações. As danças legitimam o sagrado e principalmente comunicam, trazem antigas memórias, ancestralidade, mitos fundadores e também a estética ritualizada do orixá.