A televisão é uma das mais importantes invenções do ser humano. Entre metade do século 19 e a metade do 20, pesquisadores em várias partes do mundo foram acumulando conhecimento que resultaram nesse aparelho capaz de trazer imagens de qualquer parte do planeta (e até de fora dele) para nossas casas, realizando um sonho milenar da humanidade. O trágico é percebermos de que forma ele passou a ser utilizado. No Brasil, Tornou-se um simples empreendimento comercial, onde impera a lógica mercantil, sobreposta a qualquer objetivo cultural.
Daí o poder exercido pela televisão, que monopoliza a informação e o entretenimento. É diferente de outros países, com perfis de renda mais equilibrados, onde a força da TV é relativizada pelo acesso á leitura, ao cinema, ao teatro e mesmo às viagens e demais formas de acesso a bens culturais.
Esse quadro impões à sociedade brasileira o dever de se preocupar mais com o que faz a televisão lembrando que os canais são concessões públicas e portanto os concessionários têm de prestar contas do uso que fazem deles. Os produtores também devem ser responsabilizados por aquilo que colocam no ar.
E aí entra a questão central: como controlar democraticamente a TV?
A televisão não pode ser censurada, mas também não pode continuar operando sem nenhum controle social. Vamos discutir essa e outras questões relativas a esse aparelho que – a um só tempo – nos atemoriza e fascina.
Prof. Dr. Laurindo Leal Filho – é sociólogo jornalista. Professor associado do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicação e Artes da USP. Professor dos cursos de extensão e aperfeiçoamento em jornalismo da PUC de São Paulo. Apresenta o programa TV Cidadania, da OAB-São Paulo, veiculado pela Rede Vida de Televisão, pela TV Justiça e pelo canal Comunitário de São Paulo. É colunista de televisão da Revista Educação, de São Paulo. É autor dos livros Atrás das Câmetas, relações entre Estado, Cultura e Televisão, e A Melhor TV do Mundo, o modelo britânico de televisão, Summus Editora. Tem vários artigos publicados em livros e revistas acadêmicas sobre comunicação em geral e televisão, em particular. Foi repórter, redator e editor de telejornalismo nas redes Globo, Cultura e Bandeirantes. Criou e dirigiu os jornais das Universidades de São Paulo, Federal de São Carlos, Federal de São Paulo e da PUC de São Paulo. Foi Secretário de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo (gestão Luiza Erundina).
– ENTRADA FRANCA –
19 de agosto de 2003 – terça-feira – 18h
Local: Faculdade de Saúde Pública da Universida de São Paulo
Av. Dr. Arnaldo, 715 – São Paulo – (Estação Clínicas do Metrô)
Realização: Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – um programa da UNESCO –