Relat�rio da Equipe de Jovens
Defensores da Cultura de Paz
(O sistema das Na��es Unidas pode funcionar!)
De 1� a 14 de outubro sete jovens ativistas da paz participaram de uma a��o de lobby
dedicada � promo��o do Relat�rio da Sociedade Civil sobre a D�cada da Cultura de Paz e
N�o Viol�ncia. Dedicaram-se tamb�m a discutir com os Estados-Membros das Na��es
Unidas sobre maneiras pelas quais estes podem demonstrar seu compromisso com a
efetiva��o de uma cultura de paz e suas a��es nos pr�ximos 5 anos da D�cada.

Os Participantes - Coordenados por Hilary Jeune da UNOY Peacebuilders do Reino Unido,
os participantes vieram de v�rias partes do mundo: Elvira Fundukova, de uma ONG
chamada Commonwealth na Ucr�nia; Gert Danielsen, da World Voices Norueguesa e
membro da Rotary World Peace da Noruega/Argentina; Anika Maymdam, da ONOY
Peacebuilders da Alemanha; Incia Zaffar, da WFUNA do Canad�/Paquist�o; Loredana Orhei
estagi�ria do GYAN da Rom�nia; e Josephina Lofgren, do Life-Link Friendship Schools da
Su�cia.

O treinamento - Durante os primeiros dois dias os participantes receberam treinamento
intensivo para adquirir habilidades de lobby e convencimento especialmente voltadas para
o sistema das Na��es Unidas. Foram aconselhados por Alicia Cabezudo, do Educating
Cities, e Cora Weiss, do The Hague Appeal for Peace. Eles tamb�m aprenderam sobre a
hist�ria da Cultura de Paz com o Prof. David Adams, criador do conceito, e hoje
colaborador do Departamento da D�cada da Fundaci�n Cultura de Paz - e criaram um
plano de a��o para as duas semanas seguintes, incluindo folhetos de informa��o e cartas
para as miss�es de cada pa�s, um plano de m�dia e lista de pessoas espec�ficas com quem
falar.

O Objetivo - A partir do terceiro dia, o principal objetivo era entrar em contato com o
maior n�mero poss�vel de Miss�es Permanentes das Na��es Unidas, informando-as sobre a
D�cada da Cultura de Paz em geral e em especial sobre o Relat�rio da Sociedade Civil
sobre a D�cada da Cultura de Paz, pedindo seu apoio e compromisso. Nossos pedidos
eram: quer�amos ver o Relat�rio da Sociedade Civil publicado como documento oficial das
Na��es Unidas. Quer�amos que o m�ximo de pa�ses fizessem uma declara��o a favor do
Relat�rio durante a Assembl�ia Geral das Na��es Unidas em 20 de outubro de 2005.
Quer�amos convencer o maior n�mero poss�vel de miss�es a serem signat�rios desta
resolu��o. Quer�amos submeter uma emenda � resolu��o provis�ria enfatizando mais a
contribui��o da sociedade civil � D�cada, e mencionando o Relat�rio da Sociedade Civil.
Quer�amos discutir modos pelos quais pa�ses isolados poderiam apoiar os pr�ximos cinco
anos da D�cada e a cultura de paz em geral.

As Duas Semanas - Nessas duas semanas de intenso trabalho foram dados cerca de 700
telefonemas, 100 faxes foram enviados, 48 representantes de Miss�es Permanentes das
Na��es Unidas foram visitados, e outras 69 Miss�es Permanentes foram contatadas via
telefone, fax ou encontros com funcion�rios. Em muitos casos os jovens tiveram
audi�ncias com os Embaixadores. Eles mantiveram um encontro com o Embaixador Sr.
Anwarul Chowdury, Sub-Secret�rio Geral para Estados Menos Desenvolvidos e Pequenas
Ilhas em Desenvolvimento. Um r�pido encontro com Jan Elliasson, Chefe da Assembl�ia
Geral, rendeu v�rios encontros com seu Departamento. Os pa�ses visitados foram:
Argentina, Afeganist�o, Azerbaij�o, Bangladesh, Belize, Belarus, Bol�via, Canad�, Col�mbia,
Costa Rica, Rep�blica Checa, Rep�blica Dominicana, Equador, El Salvador, Fran�a,
Finl�ndia, Fiji, Alemanha, Guatemala, Guiana, Ir�, It�lia, Indon�sia, Jamaica, Jord�nia,
Cazaquist�o, Qu�nia, M�xico, Holanda, Nicar�gua, Nig�ria, Noruega, Oman, Paquist�o,
Quatar, Senegal, Su�cia, Tajiquist�o, Tail�ndia, Turquia, Reino Unido, Ucr�nia, Uruguai,
Estados Unidos, Venezuela, Vietnam e Zimb�bue.

Durante o evento p�blico "Juventude em A��o: Construindo Juntos a Paz", em 14 de
outubro de 2005, um p�blico de cerca de 60 pessoas ouviu sobre o Relat�rio da Sociedade
Civil, com exemplos espec�ficos de organiza��es e indiv�duos trabalhando pela cultura de
paz. Este foi o lan�amento oficial do Relat�rio. O Embaixador, Sr. Anwarul Chowdury, e a
Sra. Cora Weiss (L� Hague Appeal for Peace) fizeram discursos que salientavam a
import�ncia e o valor das conquistas obtidas pela equipe de jovens durante as duas
semanas de trabalho.

Os Resultados - Seria dif�cil imaginar que um grupo de sete jovens que acreditam na id�ia
de uma cultura de paz possam ter alguma influ�ncia sobre o sistema burocr�tico das
Na��es Unidas. No entanto, durante a transmiss�o ao vivo via internet da Sess�o da
Assembl�ia Geral do dia 20 de outubro, dedicada � avalia��o do andamento da D�cada da
Cultura de Paz, foi poss�vel constatar essa realidade.

O progresso conseguido pela sociedade civil em dire��o a uma cultura de paz e seu
importante papel para nosso futuro foi reconhecido por muitos dos oradores, e cinco
mencionaram especificamente o Relat�rio da Sociedade Civil sobre a D�cada da Cultura de
Paz. Bangladesh, que � respons�vel pela resolu��o anual de cultura de paz, declarou que
"Somos especialmente gratos � sociedade civil. Isto inclui as ONGs e os jovens. Seu apoio
entusiasmado a esta causa fez uma grande diferen�a. Nossos agradecimentos especiais �
Fundaci�n Cultura de Paz por seu merit�rio trabalho de compila��o do relat�rio sobre o
progresso de mais de 700 organiza��es em mais de 100 pa�ses, incluindo o meu. N�s os
instamos a continuar a fazer este excelente trabalho".

O Relat�rio da Sociedade Civil foi reconhecido tamb�m pelo Reino Unido em sua declara��o
oficial em nome da Uni�o Europ�ia: "A Uni�o Europ�ia acolhe o Relat�rio da Sociedade Civil
sobre a Cultura de Paz, preparado por mais de 700 organiza��es da sociedade civil como
uma importante contribui��o para avaliar o progresso feito nos �ltimos cinco anos".
Tamb�m a Tail�ndia declarou: "minha delega��o deseja expressar nosso apre�o pela
sociedade civil por envolver-se t�o ativamente na promo��o da D�cada e da Agenda
global. Minha delega��o acolhe o Relat�rio sobre as contribui��es de mais de 700
entidades da sociedade civil de mais de 100 pa�ses tal como aparece no anexo do relat�rio
da UNESCO." Quatar e Fiji tamb�m mencionaram o relat�rio.

O papel da Equipe de Jovens Defensores, e da juventude em geral, foi comentado
especificamente. A Uni�o Europ�ia afirmou que: "A Uni�o Europ�ia presta tributo especial
ao United Network of Young Peacebuilders, um rede global de jovens e organiza��es de
jovens que atua no campo da constru��o da paz. Seu trabalho � um exemplo para todos
n�s, e prova do importante papel que a sociedade civil pode desempenhar na defesa de
uma cultura de paz". Tamb�m o Quatar afirmou que "Parabenizamos os jovens de v�rias
partes do mundo que contribu�ram coletivamente para o Relat�rio da Sociedade Civil sobre
a D�cada da Cultura de Paz".

A emenda proposta pelos jovens � resolu��o provis�ria foi aceita.

"6. Presta homenagem � sociedade civil,
incluindo organiza��es n�o-governamentais e
jovens, por suas atividades de promo��o de
uma cultura de paz e n�o-viol�ncia, inclusive
atrav�s de campanhas de conscientiza��o
sobre a cultura de paz; e observa o progresso
alcan�ado por mais de setecentas organiza��es
em mais de cem pa�ses."

O n�mero de pa�ses que assinam a resolu��o subiu de 66 no ano passado para 105 este
ano, e dentre os novos signat�rios est�o aqueles pa�ses que visitamos! Bangladesh
concordou em enviar uma carta ao Secret�rio Geral pedindo a transforma��o do Relat�rio
da Sociedade Civil num documento oficial das Na��es Unidas.

A Avalia��o - Este resultado nos d� realmente motivos para celebrar, pois mostra a n�s,
como participantes, que todos os esfor�os pessoais e financeiros foram bem investidos,
mas mostra igualmente que pessoas comprometidas ainda conseguem fazer a diferen�a!

Pela primeira vez desde 1999 a Uni�o Europ�ia mostrou estar caminhando para o
reconhecimento de uma cultura de paz. Isto abriu a possibilidade de buscar maior di�logo
futuro no sentido da possibilidade de co-patroc�nio. Como documento das Na��es Unidas,
o Relat�rio ir� ser traduzido para os 6 idiomas oficiais da ONU e amplamente difundido,
tendo assim maior impacto e sendo levado mais a s�rio.

Nossa pr�xima tarefa � usar este impulso e desenvolver estrat�gias para dar continuidade
ao movimento. Todos concordamos que � preciso dar continuidade ao trabalho sobre estas
quest�es, e mais ainda, queremos mostrar �s Na��es Unidas que n�s os levamos a s�rio e
levamos suas promessas a s�rio, e que ficaremos de olho em suas atividades ao longo da
segunda metade da D�cada.

Tivemos v�rias reuni�es de estrat�gia em Nova Iorque, que ser�o documentadas e
discutidas. No geral tentaremos construir sobre o processo realizado em Nova Iorque,
promovendo mais destas iniciativas de lobby (duas semanas de treinamento e atividades),
durante as quais alguns participantes do ano anterior integrem a equipe como treinadores
no pr�ximo ano.

Faremos tudo de novo em outubro de 2006 nas Na��es Unidas, mas teremos que entrar
com a��es semelhantes em outras partes do mundo. Vemos isto como maneira de
desenvolver lideran�as para o Movimento Global, passando o conhecimento de uma
gera��o para outra.

� preciso incluir mais representantes de jovens, e do mundo todo, e de todos os tipos de
organiza��o que est�o trabalhando pela cultura de paz. A nosso ver este � o ponto fraco
de nossa a��o, principalmente porque financiamento, recursos e emiss�o de visa
acarretam um desequil�brio geogr�fico. Um processo mais demorado de escolha de
participantes ser� desenvolvido para as futuras iniciativas.

Esta iniciativa foi um grande sucesso. � um motivo para acreditar na a��o da sociedade
civil, no poder contido na a��o e compromisso comuns de indiv�duos do mundo todo,
trabalhando pelo mesmo objetivo: construir paz sustent�vel atrav�s da viv�ncia e cria��o
de uma cultura de paz.
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