OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA
No dia 15 de maio – Dia Internacional da Objeção de Consciência – este Fórum oferecerá ao longo de uma semana no site da Associação PALAS ATHENA, do Comitê de Cultura de Paz e Não Violência e pelas redes sociais parceiras, experiências do Brasil e outros países. Filmes e cenários históricos e atuais comporão com a inestimável contribuição de conteúdos das especialistas: Profa. Dra. Juliana Pasquarelli Perez e Anna Carolina Shäfer.
Desde tempos remotos os praticantes ativos da não violência são considerados uma ameaça à ordem instituída.
Já encontramos registros entre os primeiros cristãos que se opuseram a integrar as fileiras de soldados no Império Romano. Maximiliano (séc. III) é um exemplo histórico de negar-se veementemente a matar. Tinha pouco mais de vinte anos – foi condenado e martirizado.
Desde então a “objeção de consciência” está associada a rejeitar pegar em armas com base em princípios religiosos, éticos ou convicções de foro íntimo.
Todavia, a partir do século passado a expressão sinaliza toda recusa à obediência de uma lei ou uma ordem cujo cumprimento violaria as crenças e valores da pessoa. Assim, não obedecer e arcar com as consequências decorrentes de tal afronta torna-se um ato de consciência corajoso e inspirado.
Nas palavras do romancista francês Anatole France:
“A guerra só desaparecerá quando os seres humanos não participarem de forma alguma da violência, e estiverem dispostos a sofrer toda a perseguição que sua abstenção lhes trará. Essa é a única maneira de abolir a guerra.”
E não só a guerra, poderíamos acrescentar, mas a qualquer forma de violência direta ou estrutural que provoque injustiças, discriminação, humilhação ou intimidação, aviltando os direitos inalienáveis da dignidade humana.
A coragem do objetor de consciência abre caminho para perceber o que não se percebia, o que se aceita passivamente como fatalidade ou normalidade.
Esses caminhos pavimentam a evolução da humanidade inteira, transformando comportamentos, hábitos e sentimentos e viabilizam respeito pelas diferenças fortalecendo um senso de responsabilidade planetária.
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Juliana Pasquarelli Perez é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Língua e Literatura Alemã. Departamento de Letras Modernas-FFLCH/USP. Organizadora – com Tinka Reichmann – da edição de “A Rosa Branca”, Editora 34.
Anna Carolina Schäfer é doutoranda em Língua e Literatura Alemã na FFLCH/USP, é uma das tradutoras do livro “A Rosa Branca”. Atualmente traduz cartas dos resistentes do período da ditadura nazista na Alemanha, contribuindo com um material original e ainda inédito no Brasil.
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