Anna Carolina Schäfer
Trabalha em seu doutorado com cartas escritas por pessoas que resistiram ao Nacional-Socialismo, inclusive membros da Rosa Branca. Apresenta trechos das cartas organizados cronologicamente, aqui contextualizados:
“Não diga que é pela pátria”. Foi isso que a estudante alemã Sophie Scholl, então com 21 anos, pediu a seu namorado Fritz Hartnagel em uma carta escrita poucos dias após o início da Segunda Guerra Mundial. Fritz era oficial da Wehrmacht e já estava com suas tropas no front quando recebeu a carta, na qual Sophie, opositora convicta do Nacional-Socialismo, o questionava duramente sobre o sentido da guerra recém-iniciada por Hitler.
O vídeo a seguir faz parte de um projeto de doutorado desenvolvido na Universidade de São Paulo por Anna Carolina Schäfer e orientado pela Profa. Dra. Juliana P. Perez. O projeto tem por objetivo produzir uma antologia comentada bilíngue (alemão – português) de cartas como essa, escritas por pessoas que atuaram na resistência alemã ao Nacional-Socialismo junto a três grupos específicos: A Rosa Branca (Die Weiße Rose), Círculo de Kreisau (Kreisauer Kreis) e Orquestra Vermelha (Rote Kapelle). Pretende-se construir, através da seleção e tradução das cartas, um panorama da resistência alemã com destaque para as experiências individuais e para o caráter pacífico das ações empreendidas por esses indivíduos.