Por todo o Brasil, de norte a sul, estão espalhadas comunidades com línguas diferentes, tradições milenares e modos originais de organizar a vida social: são os povos indígenas. É comum que se faça referência a eles como remanescentes dos antigos habitantes da terra que, pouco a pouco, vêm sendo dizimados por doenças, massacres ou assimilados à grande massa da população brasileira. Esta visão é bastante parcial e deixa de lado o que de mais relevante eles oferecem, inclusive para uma reflexão sobre os rumos da nossa sociedade.
Com uma visão peculiar do sentido da vida, do uso do poder e do modo de produzir, eles procuram estabelecer uma troca harmoniosa com o ambiente. Se no nosso imaginário ter abundância significa produzir sempre mais, para eles a abundância pode ser alcançada desejando-se pouco. É sobre isso que vamos conversar e trocar idéias no dia 17 de junho próximo.
Profa. Dra. Carmen Sylvia Junqueira: Professora titular do Depto. de Antropologia da PUCSP; leciona no Programa de Estudos Pós-Graduados PUCSP. Doutora em Antropologia. Faz pesquisa, atualmente, no Mato Grosso, no Parque do Xingu. Tem uma vasta publicação, dentre as quais os livros: Os Índios de Ipavu ( Editora Ática); Antropologia Indígena (EDUC) e Sexo e Desigualdade entre os Kamaiurá e os Cinta Larga (Editora Olho D’água).
ENTRADA FRANCA
17 de junho de 2003 – terça-feira – 18h
Local: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Av. Dr. Arnaldo, 715 – São Paulo – (Estação Clínicas do Metrô)
Realização: Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz
– um programa da UNESCO –