Com Luis Bravo
Data: 7 a 28 de outubro de 2015, quartas-feiras
Horário: 19h30 a 21h30
Local: Palas Athena – Alameda Lorena, 355 – Jardim Paulista, SP
Temos vivido numa cultura de violência que permeia nosso agir político-social, individual e coletivamente; uma visão de mundo a nós apresentada, e imposta, por um discurso que se autoproclama apaziguador.
Seguimos obedientes, pressupondo a violência como talvez o único método poderoso o suficiente para aplacar o que entendemos como injusto, incorreto e, portanto, violento. Continuamos ministrando veneno a um enfermo já envenenado.
Mas, e a não-violência? “Utopia dos fracos”, “omissão covarde perante a responsabilidade de se insurgir contra a perversidade e o absolutismo”, “mansidão ingênua e ineficaz”, responderiam os mais incrédulos. Afinal de contas, como fazer frente à tirania e atrocidades em larga escala?
Fomos condicionados a opor força bruta à força bruta, em medida proporcional – ou a não fazer nada, sucumbindo à violência. Para além desse falso dilema há uma poderosíssima terceira via: a da não-violência.
Como veremos, grande parte dos importantes episódios de mudança e transformação da história recente se deu por intermédio de movimentos não-violentos. Nesses casos a democracia e a sensação de paz social se instalaram de modo mais amplo e fluente e os quadros de violência sistêmica se tornaram muito raros.
Em inúmeros casos é possível observar o ato de violência motivado por sentimentos elevados: irresignação, coragem, revolta, iniciativa, auto-sacrifício, etc… A energia do agir violento, contudo, alimenta o círculo vicioso que buscamos interromper.
O chamado é atual. Temos a responsabilidade de promover transformação sem trair a nossa humanidade. Temos como desafio conciliar os ideais almejados com os meios a serem empregados.
Está feito o convite para uma reflexão conjunta: como promover mudanças de maneira ao mesmo tempo eficaz e construtiva?
Objetivos
Compartilhar, de maneira introdutória, os principais referenciais teóricos e acadêmicos no campo dos estudos de Paz e Conflito com foco na não-violência como metodologia de ativismo sócio-político.
Refletir sobre os conceitos de violência e não-violência, em cotejo com as ideias de construção de paz e transformação de conflitos.
Analisando exemplos históricos, expor o poder transformativo do ativismo não-violento, apontar estratégias de mobilização, dialogar sobre a eficácia dos meios adotados e os objetivos alcançados.
Facilitar uma construção criativa de possibilidades de ações não-violentas diante de exemplos atuais de conflito social.
Luís Fernando Bravo de Barros, Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo-SP) e pós-graduado em Direito Internacional pelo CEDIN (Belo Horizonte-MG). Master of Advanced Studies em Paz e Transformação de Conflito pela Universidade da Basiléia (Suíça) e mestrando em Paz, Desenvolvimento, Segurança e Transformação Internacional de Conflito pela Universidade de Innsbruck (Áustria). Advogado militante na área criminal desde 2004. Membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa e voluntário nos programas de educação no cárcere e de educação básica de direito em escolas públicas do ensino médio (2012-2013). Praticante de Mediação Vítima-Ofensor na unidade do Ministério Público do bairro de Santana, na cidade de São Paulo, sob supervisão do Instituto THEM (2013).
Inscrições e informações: www.palasathena.org.br