Ainda que a Conferência Internacional sobre os Sete Saberes necessários à Educação do Presente – promovida pela UNESCO, pela Universidade Estadual do Ceará, em colaboração com a Universidade Católica de Brasília e com outras universidades nacionais e internacionais – tenha sido realizada em 2010, muitos educadores não tiveram acesso aos seus Anais ou mesmo à Carta de Fortaleza, que caracteriza a atual situação do ensino e as perspectivas que se abrem para uma educação planetária.
Nas considerações, a Carta afirma, por exemplo: “Vivemos uma crise civilizatória de natureza ecológica, econômica, social, política e educacional, cujas incalculáveis e imprevisíveis consequências põem em risco a sobrevivência humana e a preservação da vida no planeta. Tais crises são expressões de processos complexos provocados por um paradigma civilizatório baseado na ganância, no individualismo, no paternalismo, no consumo desenfreado de recursos materiais, na depredação de bens naturais, na violência, no autoritarismo e na marginalização social”. Além disso, afirma que “A aprendizagem da compreensão humana está na base da construção de uma cultura de paz e cidadania ancorada no respeito à diversidade e à promoção dos direitos humanos universais”.
A primeira das recomendações da Carta é: “Desde os primeiros anos da Educação Básica sejam desenvolvidos programas, projetos e experiências educacionais que privilegiem processos dialógicos, inovadores, criativos, como condição fundamental para se enfrentar a incerteza, o erro e a ilusão presentes nos processos de construção de conhecimento e na aprendizagem”.
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