Comitê da Cultura de Paz e Não Violência

Vídeo com a Atual diretora da Fundação Rosa Branca da Alemanha, em Munique,

Dra. Hildegard Kronawitter

Estou em frente à entrada principal da Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, que está fortemente ligada à resistência d’A Rosa Branca. O núcleo do grupo, os cinco estudantes e um professor, que decisivamente deram forma à resistência, com seus amigos, estudaram aqui; Prof. Huber era professor. Aqui também aconteceu, em 18 de fevereiro de 1943, a prisão de Sophie e Hans Scholl, que então, em 22 de fevereiro de 1943, com Christoph Probst, foram condenados à morte e, no mesmo dia, executados.

A resistência d’A Rosa Branca consistia essencialmente na produção e distribuição de panfletos. É importante recordar que esta ditadura objetivava reprimir toda livre expressão de opiniões, ou seja, não permitir de forma alguma a liberdade de expressão. A liberdade de expressão nos parece, na democracia, como algo evidente e, por assim dizer, criado pela natureza. Ao mesmo tempo, experimentamos que ali, onde Estados começam a se deslocar em uma direção ditatorial, é, em primeiro lugar, a liberdade de expressão que é restringida, para que não seja mais permitida nenhuma discussão e nenhuma crítica.

A Fundação Rosa Branca em Munique tem esta sala de exposição na Universidade; trabalhamos com parceiros nacionais e internacionais sobre o tema da resistência d’A Rosa Branca. Nesse contexto, nos alegramos que, mais uma vez, em São Paulo, a temática da Rosa Branca seja retomada, e, dessa vez, no contexto do Fórum pela Paz. Estamos certos de que não só o acontecimento, o desenvolvimento histórico do tema será abordado, mas, de forma especial, a mensagem, a mensagem de paz, liberdade, justiça e a defesa da democracia. Desejo muito sucesso ao Fórum. Eu ficaria feliz se essa mensagem alcançasse o que precisamos no nosso tempo, i. e., estabilidade para a democracia.

Tradução: Juliana Pasquarelli Perez