Objetores de Consciência – a coragem a serviço do bem
Neste Fórum estamos celebrando o princípio da Objeção de Consciência, isto é, a força interna que leva alguém a desacatar uma ordem pelo fato de que seu cumprimento seria realizar um ato violento, ignominioso, humilhante, ofensivo. Submeter-se à imoralidade é abdicar da própria consciência e senso de responsabilidade. A seguir, o exemplo de um objetor de consciência:
O diplomata japonês Chiune Sugihara era cônsul na Lituânia na época da Segunda Guerra Mundial. Devido a seu posto, ele e sua família gozaram de privilégios consideráveis durante a guerra. Na época, o Japão participava do eixo de nações apoiadoras da Alemanha, e por isso, Sugihara não tinha permissão para dar vistos a judeus. Por motivos humanitários, e arriscando a vida e liberdade de sua família e dele próprio, desobedeceu às ordens governamentais. Num espaço de 20 dias, emitiu vistos para mais de 6 mil judeus refugiados poloneses e lituanos dando-lhes permissão para viajar ao Japão.
Os países do eixo perderam a guerra. Sugihara, depois de fugir, ser preso e retornar à terra natal foi demitido de seu cargo diplomático. Seguiu sua vida como modesto tradutor e, anos depois, foi encontrado por um sobrevivente judeu a quem salvara. Ele é o único japonês a receber o título de “Justo Entre as Nações”, concedido pelo Memorial do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem.
14 de maio de 2024 • terça-feira • 19h
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Atividade acessível – Tradução em Libras
Rogério Nagai – É ator profissional formado pelo Teatro-Escola Macunaíma; produtor cultural, palestrante, ator e empresário. Cursou pós-graduação em Fundamentos da Cultura e das Artes pelo Instituto de Artes da UNESP. Como ator trabalhou com importantes nomes do teatro nacional e internacional, além de filmes publicitários e novelas. Desde 2013 atua e dirige o espetáculo “Os três sobreviventes de Hiroshima” realizado com sobreviventes da bomba atômica, iniciativa única no mundo com reconhecimento internacional. Em 2018 recebeu o Colar de Honra ao Mérito da ALESP, pelos relevantes serviços prestados à população em prol da Paz, a mais alta honraria do Legislativo Paulista.
Carlos Levenstein – Cidadão lituano, hoje Cônsul Honorário da República da Lituânia em São Paulo, Brasil. Possui uma carreira consolidada na indústria de equipamentos de impressão, é graduado em administração com MBA em Marketing e Negócios Internacionais. Sua fluência em português, inglês, espanhol, hebraico e francês, tem facilitado atividades diplomáticos e profissionais, e feito a ponte entre culturas, fortalecendo relações internacionais. Ao longo de sua trajetória dedicou-se a promover os interesses da Lituânia no exterior, especialmente em mercados dinâmicos como o Brasil.