Comitê da Cultura de Paz e Não Violência

A medicina integrativa parte de uma mudança de paradigma na medicina praticada atualmente. Ela amplia o leque de terapias disponíveis, capacita o paciente a se tornar responsável pela manutenção da própria saúde – levando sempre em conta que o organismo tem uma capacidade inata de recuperação – e fornece ferramentas simples que qualquer um pode adotar para mudar seu estilo de vida, como as práticas de atenção à respiração e os cuidados com a alimentação.

Nessa modalidade médica orientada para a cura, aborda-se a pessoa integralmente (corpo, mente e espírito), incluindo todos os aspectos do estilo de vida. Ela procura agregar o melhor da medicina convencional e da medicina complementar, estabelecendo um caminho de equilíbrio entre as diversas abordagens médicas existentes. Pesquisas nos Estados Unidos e em outras partes do mundo vêm indicando que a boa medicina é a que utiliza todos os tipos de terapias consagradas cientificamente, sejam elas oriundas da medicina convencional ou da complementar.

Temos no Brasil um movimento diferente dos Estados Unidos, menos acadêmico, mas que vem crescendo graças a uma portaria de 2006 que autorizou procedimentos de acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapias no Sistema Único de Saúde (SUS). Começamos a medir os resultados da Medicina Integrativa, e a Prefeitura de Campinas, em São Paulo, registrou uma redução substancial de uso de analgésico dentro do SUS ao oferecer terapias ligadas à medicina chinesa focadas na questão ósseo-muscular. Além disso, há uma série de trabalhos acadêmicos ligados à genética provando que a qualidade de vida produz efeitos na expressão genética da doença. E uma nova fase de trabalho investiga se uma gestante, cujo feto apresenta uma expressão genética de determinada doença, pode ajudar seu bebê se tiver uma gestação muito cuidadosa.

Neste encontro será abordada a conceituação da cura e saúde segundo a visão preconizada pela Medicina Integrativa, e discutiremos casos de aplicações praticas.


Paulo de Tarso Lima é médico cirurgião; mestre em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Graduou-se no programa de Medicina Corpo-Mente da Universidade de Harvard e no Programa de Redução do Estresse Baseado na Meditação da Universidade de Massachusetts. Foi o primeiro médico brasileiro a completar o programa de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona. Atualmente é diretor médico da Anima Medicina Integrativa, em São Paulo, e integrante do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.

 


ENTRADA FRANCA

14 de junho de 2011 ▪ terça-feira ▪ 19 horas
Auditório do MASP ▪ Museu de Arte de São Paulo
Av. Paulista, 1578 – São Paulo/SP – Estação Trianon-Masp do metrô
Não é necessário fazer inscrição antecipada

Realização: Comitê da Cultura de Paz
www.palasathena.org.br