Comitê da Cultura de Paz e Não Violência

A experiência é a matéria prima neste encontro público de três pioneiras que, há décadas, influenciam milhares de pessoas, comunidades e instituições. Cada uma delas cultivou uma trajetória que oferece fundamentação teórica multidisciplinar e prática inclusiva voltada para todos, isto é, que não requer estruturas físicas ou legais para viabilizar o engajamento, nem certificações formais para contribuir com o talento e a singularidade que caracteriza a cada um.

Suas ações revelam a dignidade das causas que promovem, sem deixar de assinalar e questionar o individualismo, a indiferença, a acomodação e a resignação, que perpetuam modelos de ser e estar no mundo geradores de sofrimento, exclusão e injustiças. Como demonstram as suas obras, a indignação, para ter capacidade mobilizadora, tem de avançar propositivamente e sugerir vias de reparação — esta dinâmica de amadurecimento social renova a autoconfiança pessoal e coletiva no exemplo vivo das palestrantes deste 96º Fórum Temático.

 


Ute Craemer – professora Waldorf, vem para o Brasil em 1965 com o propósito de servir como educadora voluntária em Londrina, Paraná. Anos mais tarde, já em São Paulo, assume uma vaga para lecionar na Escola Waldorf Rudolf Steiner e, paralelamente, começa a cuidar de crianças pedintes que se abrigavam na sua casa – nasce assim, em 1979, a Associação Comunitária Monte Azul ao lado da favela de mesmo nome, que lhe deu reconhecimento mundial. Em 2001 fundou junto a outras pessoas o capítulo brasileiro da Aliança pela Infância. É autora de vários livros, entre os quais: Favela Kinder; Favela Monte Azul; Crianças entre Luz e Sombras; Girassol – conto de Natal. www.monteazul.org.br e www.aliancapelainfancia.org.br

Clara Charf – desde 1946, quando teve seu registro de trabalho de comissária de bordo cassado, dedica-se a muitas lutas, tendo passado boa parte da vida na clandestinidade, outra parte como exilada, participando de protestos contra a bomba atômica, contra o envio de soldados brasileiros para a Guerra da Coréia, entre outros. Integra a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e também atua no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, vinculado à Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República. Em 2008 funda em São Paulo a Associação Mulheres pela Paz e, em março de 2012, ganha a Medalha Ruth Cardoso outorgada pelo Governo de São Paulo.Também cria o Espaço Cultural Carlos Marighella, para preservar a memória de seu companheiro de vida. www.mulherespaz.org.br


Nina Rosa Jacob
– ativista pela defesa dos direitos dos animais desde 1994. Em 2000 fundou o Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida, uma organização independente que trabalha pela valorização da vida animal por meio da educação de valores. Defende a educação e a coragem de fazer o bem como principais ferramentas para a formação de uma sociedade mais justa e pacífica. Além do desenvolvimento de materiais educativos, entre os quais se destaca um vídeo chamado Fulaninho, o cão que ninguém queria, visto por mais de 400 mil crianças do ensino fundamental, o Instituto Nina Rosa ministra cursos de capacitação em educação em valores para educadores. www.institutoninarosa.org.br

 


ENTRADA FRANCA

8 de maio de 2012 ▪ terça-feira ▪ 19 horas
Auditório do MASP ▪ Museu de Arte de São Paulo
Av. Paulista, 1578 – São Paulo/SP – Estação Trianon-Masp do metrô
Não é necessário fazer inscrição antecipada

Realização: Comitê da Cultura de Paz