Barcelona sediou o primeiro congresso que tratou os conceitos de Educação e Soberania Alimentar de forma relacionada, entre os dias 13 e 15 de outubro de 2011, organizado pela ONG Educação sem Fronteiras. Foram 225 inscritos de oito países, especialmente da América Latina, que levaram uma série de propostas dirigidas a melhorar as políticas públicas e considerar a produção de alimentos um direito – e não uma mercadoria – para incluir a agroecologia no currículo escolar da Espanha.
A vinculação entre educação e soberania alimentar desencadeou o levantamento de desafios educacionais levantados pela soberania alimentar na sociedade atual, assim como sugerir alternativas a alguns dos problemas sócio-educativos enfrentados hoje.
Com metodologia participativa e aberta tanto a pessoas do mundo educativo quanto às do campo, sindicalistas, membros de ONGs e de movimentos sociais, o congresso abordou quatro questões fundamentais: os modelos de produção em questão, os modelos de comercialização, o enfoque de gênero e o modelo participativo, em busca de respostas e propostas educacionais sobre a soberania alimentar.
O encontro foi uma nova oportunidade para concluir que há outras formas de produzir e de consumir mais respeitosa com as pessoas e com o ambiente, mais racional, humanizadora das relações, e que não se trata de uma fórmula marginal para o futuro. Hoje ainda pode ser consideradas uma proposta minoritária, mas a opinião pública está cada vez mais consciente do quanto o sistema agroindustrial dominante é predador e que um futuro digno para toda a humanidade precisa considerar o produtor e o consumidor, a alimentação saudável, a produção de alimentos autóctones e sazonais, o acesso de tudo em todas as partes e a qualquer momento.Todo o material de trabalho e audiovisual produzido serão publicados no boletim de Educação sem Fronteiras e em um livro a ser editado nos primeiros meses de 2012.